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7 Desvantagens da Reforma Tributária para Empresas do Simples Nacional

A Reforma Tributária, aprovada por meio da Emenda Constitucional 132/2023, traz mudanças estruturais profundas no sistema de tributos sobre o consumo no Brasil. Embora o objetivo seja simplificar, unificar e tornar mais eficiente a tributação, microempresas e empresas do Simples Nacional podem enfrentar desafios consideráveis nos próximos anos.

Você sabia que algumas das maiores vantagens do Simples podem ser diluídas ou eliminadas com a reforma? Neste artigo, vamos listar e explicar as 7 principais desvantagens da Reforma Tributária para quem é MEI, ME ou EPP.


⚠️ Antes de tudo: O Simples Nacional vai acabar?

Não. A legislação da reforma mantém o Simples Nacional como regime tributário vigente, mas a sua configuração vai mudar bastante. A cobrança dos novos tributos (CBS e IBS) poderá ser feita fora da guia unificada (DAS), o que quebra uma das maiores vantagens do regime.

Logo, mesmo continuando a existir, o Simples poderá deixar de ser simples — e mais do que nunca, o pequeno empreendedor precisará se planejar.


1. Quebra da Unificação dos Tributos: Mais Burocracia

Hoje:
O Simples Nacional permite o recolhimento unificado de até 8 tributos (IRPJ, CSLL, PIS, Cofins, IPI, ICMS, ISS e CPP) em uma única guia: o DAS. Isso facilita o controle e reduz erros.

Com a Reforma:
A cobrança da CBS (federal) e do IBS (estadual/municipal) será feita separadamente. Isso significa que a empresa do Simples poderá ter que:

  • Emitir nota com destaque desses impostos;
  • Apurar e recolher tributos fora do sistema atual;
  • Entregar novas obrigações acessórias.

Consequência:

  • Perda da praticidade que tornou o regime tão atrativo;
  • Maior carga administrativa e risco de autuação;
  • Necessidade de contratar suporte contábil mais robusto.

2. Aumento da Carga Tributária Real para Prestadores de Serviço

Hoje:
Muitos prestadores de serviços se beneficiam do Simples, especialmente os que se enquadram no Fator R, com alíquotas que variam de 6% a 17%, dependendo da folha de pagamento.

Com a Reforma:
O fim da aplicação unificada da CBS e IBS pode fazer com que prestadores de serviços paguem mais impostos, pois:

  • O Fator R não existe no novo modelo;
  • As alíquotas de IBS e CBS podem ser fixas e maiores;
  • Empresas com pouca folha de pagamento serão particularmente penalizadas.

Consequência:

  • Profissionais como médicos, advogados, engenheiros, psicólogos e consultores podem ter a tributação majorada;
  • Redução de margem de lucro e aumento de preços para compensar.

3. Risco de Perda de Vantagens Regionais e Incentivos Locais

Hoje:
Alguns estados e municípios oferecem reduções de alíquotas, isenções de ISS ou ICMS e outros incentivos a empresas do Simples.

Com a Reforma:
O IBS terá alíquota uniforme em todo o Brasil. Isso significa o fim da chamada “guerra fiscal” — mas também o fim de incentivos regionais que hoje beneficiam pequenas empresas.

Consequência:

  • Empresas instaladas em municípios com alíquotas reduzidas podem ter aumento de imposto;
  • Dificuldade para competir em estados com maior poder de consumo.

4. Dificuldade na Recuperação de Créditos Tributários

Hoje:
Empresas do Simples não geram crédito de PIS, Cofins ou ICMS para seus clientes. Isso reduz a competitividade, mas simplifica a apuração.

Com a Reforma:
O novo modelo permite que clientes de empresas do Simples gerem crédito de IBS e CBS. Porém, a empresa do Simples não poderá se beneficiar disso diretamente — e talvez precise destacar esses tributos na nota.

Consequência:

  • Necessidade de revisar o processo de emissão de nota fiscal;
  • Eventual obrigação de segregar receita tributada e não tributada;
  • Aumento do risco de erro fiscal.

5. Exclusão Parcial do Simples da Reforma: O Pior dos Dois Mundos?

A proposta atual mantém o Simples Nacional, mas não o integra plenamente ao novo modelo de IBS e CBS. Isso cria um sistema híbrido, onde parte dos tributos será recolhida via DAS, e parte, à parte.

Consequência:

  • A empresa do Simples continuará com limites de faturamento e restrições, mas sem acesso a todos os benefícios da reforma;
  • Mais complexidade do que outras formas de tributação.

Essa dualidade pode tornar o Simples menos vantajoso que o Lucro Presumido para algumas empresas — o que antes raramente ocorria.


6. Aumento de Obrigações Acessórias

Hoje:
Empresas do Simples têm obrigações simplificadas, como:

  • Dispensa do SPED Contribuições;
  • Menos declarações fiscais;
  • Guias de pagamento consolidadas.

Com a Reforma:

  • Pode haver exigência de entregar declarações próprias para IBS e CBS;
  • A segregação de receitas por tipo de atividade pode ser exigida;
  • Empresas precisarão de sistemas mais atualizados e profissionais mais especializados.

Consequência:

  • Aumento de custos com contabilidade e sistemas fiscais;
  • Maior risco de autuações por erro ou omissão;
  • Empresas mal assessoradas poderão pagar multas pesadas.

7. MEIs e Empresas Iniciantes Podem Ser Prejudicadas

Hoje:
O MEI (Microempreendedor Individual) é isento de uma série de tributos e burocracias, e paga uma guia fixa mensal.

Com a Reforma:
A forma como o MEI será tratado ainda não está totalmente regulamentada. Porém, há discussões sobre:

  • A necessidade de emitir nota com IBS e CBS destacados;
  • Obrigatoriedade de manter escrituração fiscal;
  • Possível redução das isenções atuais.

Consequência:

  • Dificuldade para novos empreendedores;
  • Aumento da informalidade se o MEI perder a simplicidade que tem hoje.

Como Minimizar os Impactos da Reforma?

Apesar dessas desvantagens, é possível minimizar os impactos com planejamento e boas decisões contábeis. Veja algumas recomendações práticas:

✅ 1. Simule o novo cenário tributário

Veja se, com as novas regras, o Lucro Presumido pode ser mais vantajoso do que o Simples.

✅ 2. Organize sua empresa desde já

Mantenha contabilidade atualizada, segregue receitas e use um sistema de emissão de NF compatível com IBS e CBS.

✅ 3. Acompanhe a regulamentação

Boa parte dos efeitos da reforma dependerá de leis complementares e normas do Comitê Gestor do Simples Nacional.

✅ 4. Invista em contabilidade consultiva

Empresas bem assessoradas terão vantagem competitiva, pois saberão o melhor momento para migrar de regime ou ajustar suas operações.


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Conclusão: Simples Nacional Ainda É Vantajoso, Mas Exige Atenção

A Reforma Tributária de 2025 não extingue o Simples Nacional, mas fragiliza várias das suas bases. A unificação parcial, aumento da carga para serviços, fim de incentivos regionais e a burocracia adicional colocam o regime sob nova avaliação.

Para muitas empresas, o Simples ainda será vantajoso, mas outras precisarão reavaliar seu enquadramento com urgência.

Se você quer saber se ainda vale a pena estar no Simples em 2025 e além, fale com um contador agora mesmo.

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